Ando simplesmente nos céus nestes últimos dias. Respirar fundo e sentir o frescor do ar entrando nos pulmões, abusar do mocowear* que consiste basicamente em blusa de moletom e meias compridas amarrando por fora a boca da calça de pijama de flanela (no maior estilo bombacha) e curtir o céu turquesa e o sol amigo na minha praçona/parque são alguns dos meus privilégios de outono.
Ligar o forno e assar quitutes por três horas sem derreter de calor ou transformar a casa inteira numa estufa é outra alegria desta época. E assar quitutes nutritivos e bem apimentados começam a parecer uma ótima opção para um almoço despretensioso de domingo.
Com tempo para demolhar o grão de bico, cozinhá-lo sem pressa (apenas com sal) na panela de barro capixaba e ler com atenção as instruções da embalagem do arroz basmati que se vai preparar pela primeira vez**, aproveitei para assar um bom naco de abóbora cabotiá, entre uma e outra tarefa de arrumação e limpeza da casa.
Depois foi só misturar a pasta de curry vermelho com duas colheres de óleo de amendoim e 1 garrafinha de leite de coco e jogar por cima do grão de bico escorrido, da abóbora assada cortada em cubinhos, de meia cebola cortada em cubinhos também e uma xícara de amendoim torrado e salgado misturados num refratário fofo que irá para a mesa (menos louça suja, mais economia de água e do meu precioso tempo dedicado ao ócio domingueiro).
Com o forno já aquecido em 230ºC esquentei tudo por uns 15 minutinhos enquanto cozinhava o arroz e voilà: Comida thaindiana à mesa, só com ingredientes da despensa, saudáveis e sazonais e com direito à marmitinha para o almoço do trabalho no dia seguinte.
*roupa de mocoronga
** diferente do arroz comum, pede-se para deixar de molho em água morna o arroz basmati por 1h, antes de cozinha-lo com água fervente (1xíc de arroz: 1/2 xícara de água)